Fechei a porta e corri para o meu quarto, joguei-me para a cama e fiquei ali a pensar naquele beijo.
Acabei por adormecer e só acordei com o despertador a tocar, eram 9h e 15m, hoje só entrava às 10h e 20 mas tinha de me despachar para não chegar atrasada á escola. Dirigi-me à casa de banho e tomei um banho rápido, meti os meus cremes e vesti-me. Desci e tomei o pequeno almoço. Hoje ia sozinha para a escola, o Gonçalo já tinha ido para a escola e provavelmente deve ter ido com o Gui. Peguei na minha mala, saí de casa e caminhei até á paragem do autocarro, estava lá uma rapariga de estrutura alta, loira, fazia-me lembrar a Marta, tinha um ar muito simpático, mas enquanto esperávamos pelo autocarro não trocamos uma palavra a não ser um “ bom dia “.
Quando cheguei à escola faltava uns minutinhos para tocar, mas dirigi-me para a sala. Cheguei á sala e já estavam uns colegas meus sentados nos seus lugares. Sentei-me no meu, e começaram a entrar mais colegas meus. Íamos ter história de artes, uma disciplina que me agradava muito. Tocou para o começo da aula, a professora entrou e atrás dela entrou a rapariga da paragem, mas quando a vi na paragem não a conheci da minha turma, secalhar ontem faltou. Sentou-se ao meu lado na mesa pois era o único lugar vazio.
- Olá novamente. – disse ela com um sorriso de orelha a orelha.
- Olá, não sabia que eras da minha turma, ontem não te vi por cá.
- Eu ontem não consegui vir, estava em Londres e não consegui avião para chegar a tempo do primeiro dia.
- Então foste passar férias a Londres? Deve ser lindo.
- Não, eu moro, quer dizer, morava lá, tenho a minha família toda lá, mas os meus pais tiveram de vir trabalhar para Portugal e eu quis vir com eles, gosto de conhecer países novos.
- Ah, então não és Portuguesa, mas o teu Português é bastante bom, nem pareces inglesa.
- Não, não, eu sou Portuguesa, nasci cá, mas quando tinha 10 meses toda a minha família teve que abalar para Londres devido a problemas financeiros.
- Ah, percebo.
- É melhor tomarmos atenção à aula, não quero que a professora fique a pensar mal de nós.
- Ahah, mesmo já agora, chamo-me Sofia.
- Sou a Maria.
Esta aula passou muito devagar, como ainda são as apresentações não demos matéria nenhuma. Quando tocou, sai logo, nem me lembrei da Maria. Como a escola é de artes, à um espaço para desenho, encaminhei-me para lá. Havia uma prateleira com folhas A4 e A3 e lápis de carvão de vários números. Peguei numa folha A4 e nuns lápis de carvão de vários números. Sentei-me numa mesa e comecei a desenhar a Minnie e o Mikey. Enquanto desenhava senti alguém tocar-me no ombro. Olhei para trás e era o Gui.
- Gui, olá. – logo um sorriso invadiu os meus lábios.
- Olá Sofia.
- Como sabias que estava aqui ?
- Perguntei ao teu irmão onde é que poderias estar. – sorriu-me.
- E encontraste-me. – retribui-lhe o sorriso.
- Queria fazer-te um convite.
- E que convite?
- Na sexta-feira á noite quero-te levar a um sitio.
- Que sitio.
- É surpresa. – fez-me um sorriso de orelha a orelha.
- Só espero que seja uma surpresa boa.
- Vai ser óptima.
- Então e encontramo-nos aonde ?
- Eu passo por tua casa depois do jantar.
- Está bem então.
Quando disse aquilo ele ia para se aproximar de mim, mas alguém o chama e ele teve que ir embora. O resto da semana passou a correr, não aconteceu mais nada, não fiz mais amigos e já não falei com o Gui, aquela escola é realmente muito grande. Quando chego sexta-feira à tarde, subo para o meu quarto e vou tomar banho, trato de mim, ponho um pouco de maquilhagem, mas não muita, vesti-me e calcei as minhas sabrinas. Desci para ir jantar e avisei o meu irmão que ia sair com o Gui. Por volta das 21h o Gui estava a tocar à campainha. Abri a porta e saí.
- Wow, estás tão linda. – disse-me ele que logo corou.
- Oh, tu é que estás lindo. – corei.
- Obrigada. Vamos?
- Sim, mas eu quero saber aonde?
- Já vês pequenina. – ooooonw, ele chamou-me pequenina.
Começamos a andar e chegamos a um lugar onde tinha tipo de uma entrada para um jardim. Ele dá-me a mão e puxa-me para essa entrada e quando entramos dou de caras com um jardim MARAVILHOSO. Sentamo-nos num banco e ele puxou-me para o seu colo, olhou-me nos olhos, aproximou-se e beijou-me, foi um beijo intenso, com amor, de dois apaixonados. Continuamos aos beijos e ele abraça-me e diz-me num sussurro “ Eu amo-te Sofia, desde o primeiro dia em que te vi “.
bijoo
o/ hasta